Aprender a viver: Filosofia para os novos tempos (Portuguese Edition)

o mais das vezes para lhes mostrar que se contradizem, que suas ideias ou suas convicções primeiras não se sustentam, e que é preciso que eles reflitam mais se quiserem avançar.

são aquelas que só podem se expandir no mundo e produzir todos os seus efeitos, reprimindo, aniquilando e mutilando outras forças.

encontrar unidade, coerência e ordem no mundo, nele injetar racionalidade, lógica.

Nietzsche vai propor a distinção entre duas ordens, dois grandes tipos de força — ou, como ele diz, “pulsões” ou “instintos”: de um lado, as forças “reativas”; do outro, as forças “ativas”.

Para Nietzsche, tal empreitada é perda de tempo. Ela continua vítima das ilusões da razão, do sentido e da lógica, pois nenhuma reunificação das forças caóticas do mundo é mais possível.

Segundo esta, com efeito, são os conflitos psíquicos inconscientes, os dilaceramentos internos, que nos impedem de viver bem, nos fazem adoecer e nos impossibilitam de, segundo a célebre fórmula de Freud, “fruir e agir”.

um fio de Ariadne une a arte, a aristocracia, o culto do mundo sensível ou corporal e as forças ativas.

têm em comum o fato de pretenderem ascender às verdades ideais,

nada além do produto, ele próprio flutuante, de uma história da vida em geral e das forças que compõem este ou aquele instante particular.