como escreve a artista e dançarina Danielli Mendes, “a falta de vazio em nossas articulações está limitando nossos movimentos, prejudicando nossa organicidade, e sobretudo, trazendo a falsa ideia de que nossa matéria é fixa, que a forma é algo que não tem plasticidade e que, portanto, não se regenera”.
nossa atenção não é uma coisa, mas uma força modeladora da realidade e orientadora de nossa energia, e que traz o potencial de vivificar o sistema de que faz parte. praticar atenção (e é necessariamente pela via da prática) convoca uma qualidade de presença, relação e resposta às circunstâncias e aos seres que são fundamentais para nos prepararmos ... See more
fazer nada é menos sobre um abandono apoteótico rumo à utopia, e mais um treino constante e vagaroso de retornar, retornar, sempre retornar ao essencial, a o que de fato está acontecendo e pode ser experienciado para além do que a mente quer compreender e o ego quer controlar — afinal, já sabemos que resultados podemos esperar daí.
“Açoitadas a um estado permanente de frenesi, as pessoas criam e se submetem a ciclos de notícias, queixando-se de ansiedade ao mesmo tempo em que checam de volta de maneira cada vez mais diligente. A lógica da publicidade e dos cliques dita a experiência mediática, que é exploratória por natureza.”
depois de mergulhar em sonos delirantes por um corpo que enfim se permitiu descansar, de contemplar a beleza dos musgos e dos traumas, eu, enfim, cedi a que seria a parte mais difícil da jornada. não, não foi deixar de comer.