Arte e medo: Observações sobre os desafios (e recompensas) de fazer arte (Portuguese Edition)

Apenas nos momentos em que estamos verdadeiramente trabalhando em nossa obra é que recuperamos a conexão fundamental compartilhada entre todos os criadores de arte. O resto pode ser necessário, mas não é arte. Seu trabalho é traçar uma linha direta e clara da sua vida até sua arte.

a maioria dos artistas não fica sonhando com o ato de criar boa arte. Eles sonham com já terem criado boa arte.

na arte, assim como na ciência – as respostas que você obtém dependem das perguntas que você faz.

O trabalho anterior lhe diz no que você estava prestando atenção naquela época; o trabalho novo comenta o antigo, apontando no que você não estava prestando atenção.

assim que enxerga um erro no que fez, você direciona seu trabalho para o que imagina que pode fazer perfeitamente. Então se apega cada vez mais ao que já sabe fazer – afastando-se do risco e da exploração e, possivelmente, ainda mais do trabalho que toca seu coração. Você encontra razões para procrastinar, já que não criar significa não cometer err

Quando as coisas dão errado, a melhor estratégia pode ser retornar – de forma cuidadosa e consciente – aos hábitos e práticas que possuía da última vez que você se sentiu bem com seu trabalho. Volte ao espaço do qual havia se afastado e (ao menos às vezes) o trabalho também retornará.

As ferramentas são responsáveis por mais do que influenciar a aparência do resultado – elas basicamente definem os limites do que se pode dizer com uma obra de arte.

Na maioria das vezes, porém, os medos emergem naqueles momentos totalmente apropriados (e recorrentes) em que a visão se antecipa à execução.

No final, tudo se resume a: você tem uma escolha (ou, mais precisamente, um emaranhado de escolhas) entre dar o seu melhor em seu trabalho e correr o risco de que ele não o faça feliz, ou não dar o seu melhor – e assim garantir que ele não fará você feliz.