Arte e medo: Observações sobre os desafios (e recompensas) de fazer arte (Portuguese Edition)

Para o artesão, a técnica é um fim em si próprio. Para você, o artista, a técnica é o veículo para expressar sua visão. A artesania é a borda visível da arte.

a maioria dos artistas não fica sonhando com o ato de criar boa arte. Eles sonham com já terem criado boa arte.

Para todos os apreciadores, exceto você, o que importa é o produto: a obra de arte finalizada. Para você, e para você somente, o que importa é o processo: a experiência de moldar aquela obra de arte.

O trabalho anterior lhe diz no que você estava prestando atenção naquela época; o trabalho novo comenta o antigo, apontando no que você não estava prestando atenção.

Em essência, a arte está presente no salto conceitual entre obras, não nas obras em si. E, de forma simples, há um salto conceitual maior de uma obra de arte para a próxima do que de uma obra de artesanato para a seguinte.

Na maioria das vezes, porém, os medos emergem naqueles momentos totalmente apropriados (e recorrentes) em que a visão se antecipa à execução.

Apenas nos momentos em que estamos verdadeiramente trabalhando em nossa obra é que recuperamos a conexão fundamental compartilhada entre todos os criadores de arte. O resto pode ser necessário, mas não é arte. Seu trabalho é traçar uma linha direta e clara da sua vida até sua arte.

Ela está em uma boa posição para comentar sobre como foi tocada (ou desafiada, ou entretida) pelo produto final, mas tem pouco conhecimento ou interesse em seu processo. A audiência vem depois. A única comunicação pura é a que acontece entre você e sua obra.

assim que enxerga um erro no que fez, você direciona seu trabalho para o que imagina que pode fazer perfeitamente. Então se apega cada vez mais ao que já sabe fazer – afastando-se do risco e da exploração e, possivelmente, ainda mais do trabalho que toca seu coração. Você encontra razões para procrastinar, já que não criar significa não cometer err